Estes exercícios foram dinamizados desde o início do processo e são comuns a todas as semanas:
Níveis de Personagem – Actores sempre em movimento, com o olhar em frente, conscientes da sua respiração, com postura correcta e consciência de centro de gravidade. Considera-se este o nível 0 (zero) do actor.
Sempre em movimento, começar a visualizar interiormente uma das personagens do texto original, com todas as suas particularidades físicas e psicológicas. Evidenciar um pequeno pormenor físico dessa personagem, por exemplo ao nível do caminhar.
Considerando agora uma escala progressiva de 1 a 5, fazer o nível 5 dessa personagem – o exagero absoluto. Ir então regredindo os níveis, esbatendo o exagero até a um ponto em que se entra num registo o mais naturalista possível (nível 1) mas ainda imbuído das características da personagem.
Levantar, transportar e pousar objectos – Em primeiro lugar, o objecto tem de ser bem claro para o actor – as suas dimensões, o peso e onde está.
Ao pegar nele a fisicalidade que o actor imprime deve evidenciar a dimensão e peso do objecto e respeitar o seu “campo magnético”, ou seja, o espaço que ele ocupa no espaço de acção. Ao transportá-lo, o corpo do actor deve continuar a reflectir a dimensão e peso, nunca os alterando ou desfazendo.
Ao pousá-lo deve considerar-se, além do anterior, mais uma vez o “campo magnético” do objecto, recorrendo para isso a este pormenor técnico – quando pousa o objecto deve em primeiro lugar afastar um pouco as mãos dele, como se fosse repelido, e de seguida o seu corpo. (Exercício feito primeiro em ambiente abstracto e depois na cozinha, com os objectos característicos de cada função).
Atirar um objecto em pantomima – Em primeiro lugar, o objecto tem de ser bem claro para o actor. Depois deverá atirá-lo da forma que preveu e descrever logo de seguida com o olhar a trajectória que o mesmo percorre, tendo em consideração o seu peso e a força que foi imprimida no lançamento. Finalmente deverá evidenciar com o olhar a queda do objecto e eventuais consequências dessa queda (ressaltos; partido em cacos; etc.)
Laboratório de trabalho na cozinha – imergir, sem personagens e a título individual, no universo de acções concretas da cozinha – preparação de alimentos, confecção, limpeza, etc.
Aquário – Criação de uma acção que faz despoletar necessáriamente outra e outra. Por exemplo, sempre que um actor parte ovos, o que está ao seu lado discute com ele, os outros observam, e pode ter duas conclusões possíveis – ou o actor inicial dá um grito mais alto que ele, e ficam de costas voltadas, ou então deixa cair um ovo e tudo volta à normalidade.
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